30 de nov. de 2010

Primeiro Esboço do Fusca nasceu em um Guardanapo

     No início da década de 1930, o primeiro esboço do tal carro, foi idealizado por Hitler em um guardanapo e possuía diversas particularidades que lembravam os conversíveis da Mercedes, muito usados em seus comícios e carreatas.
     Ao mostrá-lo à Porsche, este pegou uma caneta e modificando o desenho, redefiniu os paralamas, rebaixou a traseira e inverteu as portas, que na época eram do tipo “portas suicidas”, que se abriam de modo contrário.

     Hitler ficou muito entusiasmado com a idéia, convocou Goebels, líder da propaganda nazista e mandou que diversas campanhas publicitárias fossem elaboradas para que o lançamento do futuro carro fosse um sucesso explosivo. Naquela época a Alemanha preparava os projetos de construções de largas estradas pavimentadas denominadas Autobahn, capazes de interligar todo o império germânico de maneira rápida e segura, o que foi uma grande inovação, porque toda Europa era cruzada por estradas pequenas, centenárias, a maioria, criada nos tempos em que a população ainda se utilizava de cavalos e carroças. Podemos dizer que o conceito de auto-estrada também foi uma inovação dos alemães e suas utopias imperialistas.

     Como o projeto do Fusca carregava impressões herméticas e até ocultistas, baseadas em uma ciência alternativa, o carro deveria ser criado com diversos pontos inovadores, desconhecidos da mentalidade da época. Desta forma, o carro de Hitler ganhou um motor traseiro (diferenciando-se dos demais, dianteiros), a transmissão dispensava as caras e complexas juntas homocinéticas, pois era refrigerado a ar e os freios não possuíam servo-assistência, tornando o sistema de freios independente do funcionamento do motor, somando-se à ótima estabilidade e facilidade de dirigir.

     O motor, único para época, seguiu o padrão do motor de aviação modelo 90, desenhado por Porsche, anos atrás. Equipado com 4 cilindros lateralmente posicionados de dois em dois, era refrigerado a ar e com poucas partes móveis. O motor passou a se chamar Boxer em alusão a um boxeador golpeando continuamente o adversário e foi motivo de graça para as primeiras testemunhas.

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