O Fiat 147 das fotos poderia ser um carro comum de se ver por aí não fosse um único detalhe: ele foi feito em 1977, ou seja, é da primeira geração do modelo que deu início às operações da montadora de origem italiana no Brasil – em Betim (MG).
Seu proprietário, o vendedor Amauri Antunes, resolveu comprar o carrinho por causa de uma boa experiência no passado. “Logo que o carro foi lançado, comprei um e fui dirigindo de São Paulo a Fortaleza. Fiquei admirado com a força dele”, diz.
O tempo passou e Antunes nunca deixou de pensar em comprar outro 147. Eis que, 35 anos depois, um carro do mesmo tipo foi parar nas mãos do vendedor.
“Em 2012, soube de um rapaz que estava vendendo um 147 ano 1977”, conta. Ele diz que o hatch, que custou cerca de R$ 12 mil, estava impecável e não precisou de nenhum tipo de reforma.
Como pretendia fazer do Fiat seu carro de uso diário, Antunes providenciou apenas uma revisão geral, que incluiu a troca de filtros e fluidos. Até o acabamento do painel, que imita jacarandá, estava como novo.
Mas Antunes faz questão de deixar um singelo defeito como está. “Há um pequeno rasgo no banco traseiro, mas se tentar consertar, vai ser pior. Nem existe mais o tecido para isso.”
Também para manter o carro com detalhes de época, o vendedor instalou um toca-fitas TKR nele. O sistema de som também é conhecido por “cara preta”.
O Fiat 147 tem motor 1050 de 55 cv e câmbio manual de quatro marchas. Com 110 mil quilômetros rodados, o carrinho é muito econômico, segundo Antunes. “Na cidade, faz 13 km com um litro de gasolina.”
HISTÓRIA
O 147 brasileiro é derivado do italiano 127. Sua apresentação ao público ocorreu durante o Salão do Automóvel de 1976.
Do lado de fora do Anhembi, a Fiat montou um circuito onde os visitantes podiam dar uma volta no modelo. Seus concorrentes diretos eram o Chevrolet Chevette e o Volkswagen Fusca.
A primeira reestilização (Europa) ocorreu em 1981. A seguinte, de 1983, foi batizada de Spazio.
Depois vieram as variantes Panorama (perua), Oggi (sedã), Fiorino (furgão) e City (picape). Com a estreia do Uno, em 1984, a produção da linha 147 foi declinando até ser encerrada três anos depois.
Fonte: http://www.estadao.com.br/jornal-do-carro/
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