Há quase quatro anos, um casal americano e seu pequeno "Bode", decidiram
largar tudo nos Estados Unidos e partir para uma viagem pelas Américas.
A princípio, o plano era chegar até a Costa Rica em um ano e depois
voltar pra casa. Mas, a viagem proporcionou tantos prazeres à família
que eles decidiram seguir em frente. Descendo pela América, passando sem
rumo pelos países latinos e fronteiras sul americanas. Ah, em relação
ao Bode, não se trata daquele animalzinho da família dos caprinos, bem
comum nas roças e fazendas brasileiras. Mas Bode é o filho do Jason e da
Ângela, o casal viajante. A pronúncia não é como a nossa aqui no
Brasil. É algo como a mistura de "bowl" e "body". Segundo o casal, o nome "Bode" se
refere a uma árvore encontrada por Buda que lhe permitiu encontrar a
iluminação.
Jason era um homem muito preocupado com o trabalho. Engenheiro envolvido
no mundo dos negócios em busca do "American dream". Seu tempo era
dedicado quase que integralmente ao trabalho e a sua família ficava em
segundo plano.
Nessa desagradável situação, o pequeno Bode, em seu aniversário de quatro anos fez um pedido que, inocentemente, mexeu com Jason e Ângela. Bode pediu que seus pais fossem mais presentes em sua vida. Simplesmente isso. Depois desse choque, Jason vendeu tudo que tinha, comprou uma Kombi e decidiu pegar a estrada. "Eu estudei em uma universidade por muito tempo, eu trabalhei pela minha carreira, para crescer na engenharia e nos negócios. Eu trabalhei pesado para conseguir realizar o "sonho americano" e ser bem sucedido baseado na ideia de outra pessoa do que é ser bem sucedido. Mas no fim, eu não estava feliz."
Nessa desagradável situação, o pequeno Bode, em seu aniversário de quatro anos fez um pedido que, inocentemente, mexeu com Jason e Ângela. Bode pediu que seus pais fossem mais presentes em sua vida. Simplesmente isso. Depois desse choque, Jason vendeu tudo que tinha, comprou uma Kombi e decidiu pegar a estrada. "Eu estudei em uma universidade por muito tempo, eu trabalhei pela minha carreira, para crescer na engenharia e nos negócios. Eu trabalhei pesado para conseguir realizar o "sonho americano" e ser bem sucedido baseado na ideia de outra pessoa do que é ser bem sucedido. Mas no fim, eu não estava feliz."
A viagem já dura três anos e meio. Bode, o grande incentivador de tudo,
com sete anos, não se queixa de nada. Ele aproveita todos os momentos e
curte cada local visitado. Inclusive todos os momentos midiáticos que
eles têm: Entrevistas para emissoras de TV´s, jornais, sites...
A Kombi
"Sabíamos que queríamos a Kombi,
especificamente a Westfalia porque sabemos que ela é feita para acampar.
E a ideia era acampar por todas as Américas. Essa Kombi é preparada
para que possamos viver dentro dela."
E o modelo 71 é especial porque 1971 foi o último ano em que eles
fabricaram o motor 1600 com a ventoinha vertical. Em 72 os alemães
fizeram um motor diferente e mais complicado para encontrar peças de
reposição. Mas também, foi em 71 o primeiro ano que a van saiu de
fábrica com freios a disco na dianteira. "Eu queria esses discos
dianteiros para ter um pouco mais de segurança nos Andes. Algumas vezes é
assustador. (risos)."
A confiança na Kombi e em um modelo da Volkswagen já vinha de longa
data. "Sabíamos que iríamos dirigir um Volkswagen por que eu sempre
dirigi VW. Aprendi a dirigir em um velho modelo VW e estou muito
familiarizado com toda a mecânica, o motor e etc" conta o americano que,
além disso, já teve vários modelos de Karmann Ghia e Fuscas. Dentre
eles, os mais legais foram um Karmann Ghia 71 conversível e um Fusca,
também conversível, do mesmo ano.
A relação de Jason, Ângela e Bode com a Kombi se estreita cada vez mais a
cada quilômetro rodado. "É a nossa casa. Nós vivemos nesse veículo e
estamos vivendo nele há três anos e meio. E nós conhecemos cada canto e
curva dele. Todas as vezes que ele faz um som diferente, imediatamente
já sabemos o que é, o que há de errado com ele. E nós o amamos. É como
se ele fosse parte de nossa família. E eu espero que ele sempre esteja
conosco". Revela o viajante americano. E é o simpático carrinho que
atrai mais pessoas e novos amigos ao redor do mundo. Jason fala como a
Kombi se torna um imã para novas amizades. "Ele faz essa viagem ser
especial porque quando vamos a novas cidades e novos lugares que nunca
estivemos antes, pessoas que nunca encontramos chegam até nós e
imediatamente se tornam nossos amigos porque eles conhecem esse carro e
pensam que ele é parte da família deles. Eles contam histórias de quando
eles eram crianças e seus pais tinham uma Kombi e nós, instantaneamente
temos algo em comum com quase todo mundo no mundo”.
De volta à estrada
Neste momento que você lê
esta matéria, Jason, Ângela e Bode podem estar no Brasil, na Guiana
Francesa, na África do Sul ou qualquer outro lugar do mundo. A
princípio, essa viagem não terá um fim. A volta para casa não existe
porque eles sempre estão em casa (na Kombi). Apenas um detalhe pode
faze-los voltar para os Estados Unidos. Bode é educado pelos pais. Eles
possuem livros didáticos e ensinam tudo que podem para o filho, mas
também estão cientes de que o momento do Bode entrar em uma escola
"convencional" está próximo. Enquanto isso não acontece, os três americanos e a simpática Kombi
seguem caminho por aí, por ali, por lá... A América central já foi toda
varrida, a América do Sul está quase. A África é um sonho e o planeta
inteiro pode ser um destino. Se você não pode segui-los por aí,
acompanhe a viagem pelo site: http://bodeswell.org/.
Curiosidade
Você deve estar se perguntando
como Jason e sua família se mantêm economicamente durante a viagem.
Certo? Bom, além do dinheiro que ele conseguiu arrecadar com a venda do
que tinha nos EUA, ele ainda tem um emprego. Seu chefe recusou a sua
demissão e sugeriu que ele se tornasse uma espécie de consultor online.
Assim, Jason ainda recebe um salário que lhe permite seguir estrada
afora.
Fonte: http://estadodeminas.vrum.com.br
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